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Barata Sem Eira Nem Beira Programa 22 - 14/09/2015
Poesia: Barata - Bastet 1 - Tema do Zé do Caixão Arrigo Barnabé - Diversões Eletrônicas Anjo Gabriel - Mantra III Kubata - Carteado Pudim de Estrelas com Calda de Cometa 2 - Zé do Caixão e a Carne Poesia: Retalhos - Liz Franco (Rush - A Farewell To Kings) Rainbow - Stargazer Led Zeppelin - Achilles Last Stand Rush - Anthem 3 - Zé do Caixão - Intro Poesia: Barata - Algravia Acróstica Death - For the Whole World to See - 04 - You're a Prisoner Death - Spirit Crusher Psychotic Eyes - Throwing into Chaos 4 - Zé do Caixão -This Night Ill Possess Your Corpse (1967) Poesia: Barata - Ventos Impossíveis, Ventos Improváveis Sepultura e Zé do Caixão - Prenúncio Camisa de Vênus - Dogmas Tecnofacistas Made In Brazil - Kamikaze do Rock 5 -Zé do Caixão -Trailer - A_Hora_do_Medo Indiogenes - Folk-Rock_Peruano Hanggai - Samsara (Mongolia) (Album Go With Your Heart) Zé Ramalho & Lula Cortês - Raga dos Raios
Grand Funk - Shinin' On King Diamond - Abigail Motorhead - Motorhead (Alternate Take)
The J. B. Pickers - Super Soul Theme (Vanishing Point ST) Delaney & Bonnie & Friends - You Got To Believe (Vanishing Point ST) Mountain - Mississippi Queen (Vanishing Point ST)
Vento Motivo - Vão Todos Se Fuder Facção Central - O Espetáculo do Circo dos Horrores Spectrum - Concerto do Pântano (Geração Bendita)
The Edgar Winter Group - Frankenstein Hawkwind (1973 - Space Ritual) - Master of the Universe Avora Di Carlla - Entre Quadros e Poeta
Giallos - Live at Pompeii - Lado A Mundos Probabilidades / 1973 / Ramirez Santiago / Deadman / El Santo Diesel / Corrida Espacial / Giallo
Judas Priest - Dragonaut Jethro Tull - My Sunday Feeling Rata Blanca - Poder Vivo Aeroblus - Tema Solisimo
Bad Axe - Cities Of Rage Band Of Skulls - Death By Diamonds and Pearls Cynthia Witthoft - Motherfucker Blues. Nico - (Chelsea Girl ) - Eulogy to Lenny Bruce
Joelho de Porco - Boeing 723897 Seu Juvenal - Antropofagia Disfarcada Violeta de Outono - Noturno Deserto Daniel Lewen - Vulcano O Ritual do Fogo
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 18 17/08/2015
Abertura Thundercats Ruy Maurity - Batismo dos Bichos Versão: José Jorge (Bob Dylan - Man Gave Names To All the Animals)
Poesia: Barata - Ponto B, de Barata Focus - House Of The King Uriah Heep - Traveller In Time Nazareth - Razamanaz Abertura Banana Split
Poesia: Denise Avila - Ilusões Etilicas Outlanders - Black Flags and Beer (2012) Vírus - Batalha no Setor Antares Robertinho De Recife - Metalmania (Judas Priest, Accept e Robertinho de Recife – 23-04-2015 – Rio de Janeiro (Vivo Rio) Abertura Durango Kid
Texto: Aforismo Novo Ciberpajé (Posthuman Tantra - Ato IV: Enterro Cósmico ) Aforismo - Barata Aforismo - Muqueta na Oreia Abertura Rintintin
Poesia: Barata - O Inferno Sou Eu Tom Waits - Heart Attack and Vine Patti Smith - Ask The Angel Ruth Copeland (Funkadelic) - Gimme Shelter - 1972 Abertura Fantomas
Blackmores Night - Child In Time (Live) Aforismo - Dimitri Brandi Posthuman Tantra - Ato IV: Enterro Cósmico Abertura Anjo do Espaço
----------------------------------------------------------- Aforismos do Ciberpajé Feminismo e masculinismo são apenas mais algumas das nomenclaturas criadas para destilar o ódio ao outro. Esse ódio perverso que tem acompanhado todos os "ismos", do socialismo ao fascismo, do nazismo ao capitalismo, do cristianismo ao maometanismo. Ele tem promovido cada vez mais divisões, assassinatos, desigualdades e genocídios. Bandeiras e fronteiras que não lograram nenhum êxito em suas pseudo-revoluções, é só observarmos o caos de desigualdade e injustiças que viceja no mundo, a devastação natural e os atos terroristas contumazes em nome de ideologias ou dogmas. (Ciberpajé)
Conde e Drácula - O Corvo Comercial Hollywood 1985 - Coverdale e Rádio Táxi
Poesia: Barata - Barata Bukowski (Tublues - The Feeling Blues Soul) Tublues - Vacilada (Part. Percy Weiss) The Runaways - Rock And Roll Quiet Riot - Come On Feel the Noise Comercial Fita Cassete BASF - Anos_80
Poesia - Gigi Jardim - Perdão (Barata) David Bowie - Warzawa Rick Wakeman - Arthur Crucis - Pollo Frito Comercial - Jeans USTOP (Liberdade) - 1976
Poesia: Barata - Pontes Joe Cocker - The Letter Queen - Bohemian Rhapsody Sparks - Dick Around Comercial Antigo da Pepsi - Década de 70
Comercial VW Brasília 1973 Comercial Antigo de Lançamento (Volkswagen) King Diamond - Omens Tublues - The Feeling Blues Soul
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 16 03/08/2015
Zé Ramalho e Sepultura - A Dança das Borboletas Fusion Orchestra - Fanfairy Suite for 1000 Trampits (Part One)
Poesia: Roberto Piva - O Século XXI Me Dará Razão Bob Dylan - Changing of the Guards Fusion Orchestra - Skeleton in Armour Sir Lord Baltimore - Kingdom Come
Poesia: Barata - Eu Não Direi as Palavras Mais Terríveis Esta Noite Amyr Cantusio Jr. (Alpha III) - The Edge Flores do Fogo - O Poeta da Noite Muqueta na Oreia - Primogênito de uma Meretriz
Texto: Henry Miller Geordie - House Of The Rising Sun Nei Young - Down By The River Fijid Pink - Music For The People
Barata - Sub-Versões - Purple Haze e a Graça de Deus Scorpions - Lonesome Crow ------------------------------------------------------------------------
O que me impressionava como a prova mais maravilhosa da minha aptidão, ou inaptidão, para a época é o fato de nada do que as pessoas diziam ou escreviam ter tido qualquer verdadeiro interesse para mim. Só o objeto me perseguia, a coisa separada, destacada, insignificante. Podia ser uma parte do corpo humano ou uma escada numa casa de vaudeville, podia ser uma chaminé ou um botão achado na sarjeta. Fosse o que fosse, permitia-me desabafar, render-me, apor a minha assinatura. E não podia apor a minha assinatura à vida que me cercava, às pessoas que compunham o mundo que conhecia. Estava definitivamente fora do seu mundo, como um canibal está fora das fronteiras da sociedade civilizada. Estava cheio de um amor perverso pela coisa em si - não um apego filosófico, mas sim de uma fome apaixonada, desesperadamente apaixonada, como se na coisa abandonada, sem valor, ignorada por todos, estivesse contido o segredo da minha própria regeneração.
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 15 27/07/2015
Temas de Fundo: Alpha III - Missa Lounge II --------------------------------------------------- Duduca e Dalvan - Massa Falida
Poesia: Barata - Deserto (Tema de Fundo: Alpha III - 05. Oraculus) Celio Balona - Tema de Batman Fabio - Lindo Sonho Delirante Loyce e os Gnomos - Era Uma Nota de 50 Cruzeiros (1969)
Texto: Pessoal Intransferível - Torquato Neto (Gilberto Gil - Todo Dia é Dia D) John Larkin (Scatman John) - The Misfits Miles Davis - John McLaughlin The Who - Sparks
Poesia: Barata - A Maldição do Tempo Black Sabbath - N.I.B Paul McCartney - Band on the Run Uriah Heep - Lady in Black (Live)
Barata: Sub-Versões - Cum Mortuis in Língua Mortua Pepeu Gomes - Linda Cross --------------------------------------------------- Massa Falida Duduca e Dalvan
Eu confesso já estou cansado de ser enganado com tanto cinismo Não sou parte integrante do crime e o próprio regime nos leva ao abismo Se alcançamos as margens do incerto foram as decretos da incompetência Falam tanto sem nada de novo e levam o povo a grande falência! Não aborte os seus ideais No ventre da covardia Vá a luta empunhando a verdade Que a liberdade não é utopia! Os camuflados e samaritanos nos estão levando a fatalidade Ignorando o holocausto da fome, tirando do homem a prioridade O operário do lucro expoente e a parte excedente não lhe é revertida Se aderirmos aos jogos políticos seremos síndicos da massa falida! Não aborte os seus ideais...
--------------------------------------------------- Deserto (A partir de uma conversa com Joanna Franko, no domingo 5 de Julho) Barata Cichetto
Feito um deserto, crio poesia dura e seca. Da pedra à areia, da areia ao pó, e do pó ao nada. E do nada crio tudo. Poesia do nada, poesia de tudo. Ao meu redor enxergo apenas poeira e escuridão. Das minhas noites geladas aos meus dias escaldantes. Nunca fui mar, mentem sobre mim, sempre desértico e inóspito. E meus ventos sopram em direção aos seus cabelos e na areia me faço amar. Deserto. Sou decerto. Poesia não rima com hipocrisia, menti sobre isso, também. Não estou morto, mas absorto do que sou: um deserto, árido e insolente, perturbador e insólito. Ser vivo. Ser. Apenas ser. Estar ou ter é uma condição humana. Desertos não conhecem essa condição. Sou deserto, portanto. Infértil, mas nunca servil. Sou senhor de mim e de minhas mazelas, senhor das moscas e tempestades de areia. Mudo, surdo e insepulto. Um limite, um grito na garganta... Cheia de areia. Grito? Ou não grito. Sou Cristo e sou Judas, Buda, Maomé e o caralho. Sou deserto, esqueceram? O primeiro a chorar, o penúltimo a esquecer e o ultimo a morrer. Deserto. É certo que sou. Atacama ou Saara, meu nome nem sei. É apenas Deserto. Por certo. Incerto apenas meu futuro, tão certo quanto sou deserto. É tão distante o mar que chego a enjoar. Só de pensar. O mar e suas sereias de mentira, seus bêbados de uísque e seus poetas preguiçosos e ricos. Odeio poetas e odeio preguiçosos. A mim não odeio, pois não sou poeta nem preguiçoso. Sou rico. Rico de mim, rico em vastidão, rico em luxuria, rico em imensidão. Que mantenham o mar longe de mim, com suas águas imundas de urina e esperma. Sou areia, sou seco, sou duro, sou tempestade. Deserto! É certo!
06/07/2015
--------------------------------------------------- Pessoal Intransferível Torquato Neto. “Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada nos bolsos e nas mãos. Sabendo: perigoso, divino, maravilhoso. Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. Difícil é não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. Difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes. E sair por aí, ainda por cima sorridente mestre de cerimônias, ?herdeiro? da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus. E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão (14/09/ 1971 – 3a feira).”
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 13 13/07/2015
V de Vinganca - Quem é Você? The Beatles - Revolution / Revolution#9 Texto: Gustavo Acioli - Nada a Declarar
Poesia: Ciro Pessoa - Sobretudo (do livro Relatos da Existência Caótica) Gentle Giant - Prologue PFM - Four Holes In The Ground Supertramp - Sister Moonshine Violeta de Outono - Outono V de Vingança - O Recital
Poesia: Marcelo Diniz - Ato I - A Dor Judas Priest - Revolution Pantera - Revolution Is My Name Pink Floyd - Sexual Revolution Raul Seixas - Requiem Para Uma Flor V de Vingança - Idéias São a Prova de Balas
Poesia: Barata - Tempos Grossos (BG Aphrodite's Child - The System / Do It) Rush - The Anarchist Aerosmith - Dream On Johnny and Edgar Winter - Rock & Roll Medley A Chave do Sol - 18 Horas V de Vingança - O Discurso
Joelho de Porco - A Ultima Voz do Brasil (Festival dos Festivais - 1985) ------------------------------------ Discurso de V de Vingança
"Boa Noite, Londres. Permitam que eu primeiramente desculpe-me por esta interrupção. Eu, como muitos de vocês, gosto de parar para apreciar os confortos da rotina diária, a segurança, a família, a tranqüilidade. Eu aprecio-os tanto quanto todo mundo. Mas no espírito de comemoração, daqueles eventos importantes do passado associados geralmente com a morte de alguém ou ao fim de algum esforço sangrento terrível, uma celebração de um feriado agradável, eu pensei que nós poderíamos marcar este 5 novembro, um dia que não é recordado, fazendo uso de algum tempo fora de nossas vidas diárias para sentar e ter um bom bate-papo. Há naturalmente aqueles que não querem que eu fale. Eu suspeito que agora mesmo, estão dando ordens aos telefones, e os homens com armas estarão aqui logo. Por que? Porque mesmo que a violência possa ser usada no lugar da conversação, as palavras reterão sempre seu poder. As palavras oferecem os meios ao povo, e para aqueles que escutarão, o anúncio da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não há? Crueldade e injustiça, intolerância e depressão. E onde uma vez você teve a liberdade a objetar, pensar, e falar, você tem agora os censores e os sistemas de escutas que exigem seu conformidade e que solicitam sua submissão. Como isto aconteceu? Quem é responsável? Certamente há aqueles mais responsáveis do que outros, e serão repreendidos, mas a verdade seja dita outra vez, se você estiver procurando o culpado, você necessita olhar somente em um espelho. Eu sei porque você o fez. Eu sei que você estava receoso. Quem não estaria? Guerra, terror, doença. O medo começou melhor de você, e em seu pânico você girou para o agora alto-chanceler, Adam Sutler. Prometeu-lhe a ordem, prometeu-lhe a paz, e tudo que exijiu no retorno era seu consentimento silencioso, obediente.
Na última noite eu procurei terminar esse silêncio. Na última noite eu destruí o Old Bailey, para lembrar este país do que ele se esqueceu. Há mais de quatrocentos anos um grande cidadão desejou encaixar para sempre o 5 de novembro em nossa memória. Sua esperança era lembrar o mundo que a justiça e a liberdade são mais do que palavras, são perspectivas. Assim se você não visse nada, se os crimes deste governo permanecessem desconhecidos a você então eu sugeriria a você que passe o 5 de novembro em branco. Mas se você ver o que eu vi, se você sentir como eu me sinto, e se você procurar como eu procuro, então eu peço-lhe para estar ao meu lado em um ano, fora das portas do Parlamento, e juntos, nós daremos a todos um 5 de novembro inesquecível!!!"
Pink Floyd - Cymbaline (from the movie "More") Poesia: Barata - Entre o Vão e a Plataforma (Titãs - Dissertação do Papa Sobre o Crime Seguido de Orgia) O Que é Matrix (Trilha Sonora Alpha III - Stellaris)
Poesia: Augusto dos Anjos - O MartÍrio do Artista (Othon Bastos) Slade - Move Over Nazareth - Go Down Fighting Scorpions - Speedy's Coming
Poesia: Augusto dos Anjos - O Poeta do Hediondo (Othon Bastos) Secos & Molhados - Angustia Joy Division - Transmission Sisters Of Mercy - Temple Of Love Matrix - Por Que, Sr. Anderson? (Trilha Sonora: Black Sabbath - Black Sabbath)
Poesia: Augusto dos Anjos - Idealismo (Othon Bastos) Deep Purple - Ricochet (Early Version of Speed King) Lord Sutch and Heavy Friends - Good Golly Miss Molly Holy Moses and Doro - Too Drunk To Fuck (Wacken 2003)
Matrix - Sistema Poesia: Barata - Sub-Versões - A Sombra de Objetos Inexistentes Imperial - A Grande Batalha
Run Kowalski Bloco 1 - Ciberpajé - "Egrégora" Poesia: Barata - Ainda Sobre a Vontade de Morrer Lou Reed e Metallica - The View John Cale - Venus In Furs (Live) David Bowie - Life On Mars Bloco 2 - Respeito é Um Bem Individual, Único e Essencial! Poesia: Palco do Nada (Ivan Silva) Liquid Jesus - Finding My Way Lisker - Kalean Festa (1979) Tublues - Noite Longa Bloco 3 - Apresentação Campinas (4/07), Rock In Poetry no Rick'n'Roll (11/07) - São Caetano do Sul Poesia: (Isaac Soares de Souza) - A Palavra é Um Acinte Sweet - Action UFO - Lights Out The Beatles - Helter Skelter Trecho de Batman (Coringa) Poesia: Oh! Não Maldigam (Álvares de Azevedo) Genesis - Musical Box
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Ciberpajé - "Egrégora"
01 – Posthuman Tantra & Luiz Carlos Barata Cichetto (Brasil) 02 – Muqueta na Oreia (Brasil) 03 – Zemlya (Brasil) 04 – Blues Riders (Brasil) 05 – Transzendenz (Suíça) 06 – Alpha III (Brasil) 07 – Poolsar (Brasil) 08 – Each Second (Brasil) 09 – Gorium (Brasil) 10 – Blakr (Inglaterra) 11 – Gabriel Fox (Brasil) 12 – Hidden In Plain Sight (Brasil) 13 – God Pussy (Brasil) 14 – Nix’s Eyes (Brasil) 15 – Emme Ya (Colômbia) 16 – Vento Motivo (Brasil) 17 – Iamí (Brasil) 18 – ANT[ISM] (Brasil) 19 – Melek-tha (França) 20 – Kamboja (Brasil) 21 – Dimitri Brandi (Brasil)
--------------------------------------------- A Palavra é Um Acinte Isaac Soares de Souza - (Para Barata Cichetto e Torquato Neto) Nunca ouvi uma verdade vomitada na cara, como as palavras espargidas por Torquato Neto, Foi como sentir um falo invadindo na marra o próprio reto, como sabre que corta a carne feito míssil que uma fortaleza atinge, devastando a muralha fortificada de qualquer cidadela, palavras que uivam como se fossem a mais depravada das cadelas, Estuprada e varada até o esfincter "Leve um homem e um boi ao matadouro, O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi O poeta Barata Cichetto, homem do gueto, cujos escritos espreito, foi mais além no falar perfeito: "Leve uma puta e uma santa na beira do córrego, a que chupar melhor sua rola é a santa, mesmo que seja a puta." Como Nico, The Bitch, A palavra é um acinte contra os indecentes. --------------------------------------------- Oh! Não Maldigam Álvares de Azevedo Oh! não maldigam o mancebo exausto Que nas orgias gastou o peito insano... Que foi ao lupanar pedir um leito, Onde a sede febril lhe adormecesse! Não podia dormir! nas longas noites Pediu ao vício os beijos de veneno... E amou a saturnal, o vinho, o jogo E a convulsão nos seios da perdida! Misérrimo! não creu... Não o maldigam, Se uma sina fatal o arrebatava... Se na torrente das paixões dormindo Foi naufragar nas solidões do crime. Oh! não maldigam o mancebo exausto Que no vício embalou, a rir, os sonhos, Que lhes manchou as perfumadas tranças Nos travesseiros da mulher sem brio! Se ele poeta nodoou seus lábios... É que fervia um coração de fogo E da matéria a convulsão impura A voz do coração emudecia! E quando p’la manhã da longa insônia Do leito profanado ele se erguia, Sentindo a brisa lhe beijar no rosto E a febre arrefecer nos roxos lábios... E o corpo adormecia e repousava Na serenada relva da campina... E as aves da manhã em torno dele Os sonhos do poeta acalentavam... Vinha um anjo de amor uni-lo ao peito, Vinha uma nuvem derramar-lhe a sombra... E a alma que chorava a infâmia dele Secava o pranto e suspirava ainda! --------------------------------------------- Palco do Nada Ivan Silva Aos delírios e gargalhadas Sentem-se no palco do nada. Sem febre ou razão difundida As cortinas se abrem à platéia viva! Assistam: O velho palhaço chora, No sorriso mais tolo do mundo. Em uma hora terrível: é sua revolta! Em uma ira tranqüila: é sua revolta! A malícia é sempre contida Como se o louco tivesse memória. Às vezes a platéia se comove E no final, acaba—“Como pode?” A cortina se fecha—Saíram todos pela porta, Com medo da platéia morta.
Poesia: Tabacaria - Fernando Pessoa por Antônio Abujamra - Provocações
Poesia: Barata - Por Que Eu Não Falei das Flores Jethro Tull - Nothing Is Easy Joe Cocker - Delta Lady Faith No More - War Pigs (Live)
Poesia: Lou Reed - The Raven (Edgar Allan Poe) Rata Blanca - La Leyenda Del Hada y El Mago The Runaways - Johnny Guitar Cassia Eller Rock In Rio 2001 - Smells Like Teen Spirit
Poesia: Barata - Tarado Mark Sandman with Treat Her Right - I Think She Likes Me Mark Sandman with The Either Orchestra - Temptation Morphine - You Speak My Language / Honey White
Poesia: Augusto de Campos - Os Corvos Barata e Amyr - (Vitória) - 06 - Mil Novecentos e Noventa e Nove
------------------------------------------------ Por Que Eu Não Falei das Flores Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Queria escrever um poema falando das flores e da criança Sobre quanto acredito no poder de amores e na esperança E falar sobre a felicidade, jogos simples e sobre brinquedos Queria falar sobre a coragem e fé, mas tenho meus medos.
Minha verve é maldita, talvez, e não conheço senão a tristeza E se a poesia é minha alma, sua fealdade não permite beleza Mas nem alma acredito, e espíritos apenas de carne de porco E decerto não há nada ao que eu possa agradecer um pouco.
Queria mesmo usar palavras bonitas, falar de anjos e deusas Mas ao pensar em anjos lembro de belas bundas lisas e tesas E nas outras em orgias homéricas no Paraíso e vinho amargo Sou perverso, acredito, e as marcas do mal comigo eu trago.
Não, não quero falar sobre bondade, beleza e cheiros doces Quero dar murros nas cabeças de idiotas, tratar aos coices A parte boa de mim é má e meu lado pueril é cheio de rugas E se tenho que falar de algo, será sobre os ratos e as pulgas.
05/02/2015 ------------------------------------------------ Tarado Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Agora preciso confessar, sou um tarado!
E nos nove andares da Andradas Meia Nove Há muito tempo que nada anda ou se move Muitas décadas que sua emoção não comove E se as putas são doces, é algo que se prove.
Agora preciso confessar, sou um tarado!
Na São João, não tem mais putas bonitas E nem feias, nem gordas, apenas sibaritas Ficaram ricas e velhas, verdades sejam ditas E se há putas, são todas elas hermafroditas.
Agora preciso confessar, sou um tarado!
Na Liberdade aquelas doces meninas quentes Agora ficaram amargas, enrugadas e crentes E não sei onde anda aquela mulata sem dentes Que chupava o pau sujo de negros indigentes.
Agora preciso confessar, sou um tarado!
E no Paissandu onde meninas faziam chupeta Havia uma puta que nunca dava a sua buceta Mas agora ela apenas sabe bater uma punheta A pastores que lhe retiram do corpo o capeta.
Patti Smith - People Have The Power (Spoken Word) 2014 Poesia: Barata - Amorte 2 Patti Smith - Gimme Shelter Lou Reed - Pale Blue Eyes Camisa de Venus e Walter Franco - Canalha (Ao Vivo) Dríade - Noite Tenebrosa Bad Axe - 01 - Cities Of Rage CWT - The Hundredweight (1973) - Steam Roller Geordie - House Of The Rising Sun Poesia: Barata - Sobre Prazeres e Cigarros Rainbow - Long Live Rock 'N' Roll Status Quo - Bye Bye Johnny Made In Brazil com Cornélius Lúcifer - Kamikaze do Rock - 1987 Poesia: Poema em Linha Reta - Fernando Pessoa Crom - Morbid Existence
-------------------------------------------------------------------- Sobre Prazeres e Cigarros Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Há imensa ciência ao fumar. Ciência perfeita. Pegar o maço e arrebentar o plástico do lacre, feito hímen, tirando a virgindade de uma dama carente de ser consumida. Não espero compreensão de um cigarro quando o queimo até o fim. Ele não me ama, eu não o amo, apenas eu o consumo até não restar a não ser cinzas. Feito seres humanos que convivem em relações amorosas. Se consomem até não restar senão cinzas. "Das cinzas as cinzas, do pó ao pó", não é isso que está escrito? Meu cigarro queima nos meus lábios e eu o consumo até o fim. E sou consumido por ele, numa antropofagia mutua e consentida. Há delícia e prazer nessa relação antropofágica. Em todas. Eu consumo o cigarro, consumo a fumaça que entra nos meus pulmões e o devoram. Vermes. Malditos. Eu sou o verme que consome a si mesmo. Me devoro e tento me decifrar. Morro sem saber. Sou verme, sou morto ainda vivo e vivo o que respiro. Há ciência no fumar. Há vida no cigarro, quanto possível de haver vida na morte e morte na vida. Esquisito? O que há de esquisito em morrer?
Amorte 2 Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Pois é impossível não feder morando num chiqueiro Como não é possível não foder vivendo num puteiro E se há a bosta dos porcos e o perfume das putas Existe também o cheiro dos que perderem as lutas.
Putas cheirando a talco e porcos exalando seu cheiro Nem todos estão mortos num cemitério, há o coveiro.
A morte é simples, tem cheiro de bunda de criança Mas não há a merda e nem o cheiro da esperança É matemática pura como quatro são dois mais dois História em que existe o antes, mas nunca o depois.
Num mundo de impossibilidades ainda é possível Criar a poesia do nada e rimar com o impossível.
Rush - Anthem Poesia: Barata - Troco Poesia Por Dinheiro Meat Loaf - Bat Out Of Hell Grand Funk - Et Pluribus Funk - 04 - I Come Tumblin Black Sabbath - 08 - Breakout Poesia: Barata - Ausência (Animal Serenade) Manfred Mann's Earth Band - Spirits in the Night Esperanto - Eleanor Rigby 2 Ram Jam - Black Betty Poesia: Cassionei Niches Petri - Ateu Crazy World of Arthur Brown - Fire Screamin Jay Hawkins - I Put a Spell On You Johnny Cash - (Ghost) Riders In The Sky Poesia: Barata - Confissões de Um Abismo Seu Juvenal - Homem Analogico -------------------------------------------------------------------------------
"Estou escrevendo mais um texto antipático e arrogante no blog. Vou postar aqui para parecer mais arrogante ainda." Luiz Carlos Barata Cichetto Arroganteie-se, Cassionei Niches Petry. rs Cassionei Niches Petry Escrevi uma vez um aforismo: "Arrogo-me o direito de ser arrogante." Cassionei Niches Petry: este poema que está no blog também está no meu romance "Os óculos de Paula". Teria sido escrito pelo personagem Fred. Gostaria de ouvi-lo na tua voz no programa: http://cassionei.blogspot.com.br/2012/07/concurso-leia-um-exercicio-poetico-do.html -------------------------------------------------------------------------------
Ateu Cassionei Niches Petri Exercício Poético ateu ateu atiça ata desata à cata mata rato pato acredita mentira escrita ateu desacredita cita medita regurgita poética cética tua ética patética anti ateia trava tudo turva túnel até tem gente crente tolerante inocente taco tiro certo mente demente tio tia parente tiro da frente teia tecido texto testa tino desatino teu teísmo atesta intelecto ateu traça trajeto reto torto até restar morto. ------------------------------------------------------------------------------- Confissões de Um Abismo Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida) A um citador contumaz de Niezsche: "Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."
Durante muito tempo eu mirei de perto o abismo E numa falta absoluta de sentimento e de cinismo Trocamos de lugar durante o resto da eternidade E eu era agora o abismo e ele a minha perenidade.
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
"Busco um abrigo das tempestades vermelhas quase invisíveis" - Joanna Franko
Ando deprimido e obscuro feito sombra de um burro cansado Cabisbaixo feito lesma e mal afortunado feito ao feto abortado. E entre ser a sombra de um asno ou torto igual um desgraçado Prefiro estar morto, teso e fétido por meus pesadelos derrotado.
Quando desapareci feito sombra, ninguém sentiu falta de mim E quando morri feito um aborto, ninguém pensou ser meu fim. Mas já que eu era morto, obscuro e torto, fui sem jamais ter ido E ninguém lembrou que eu era, então eu fui sem jamais ter sido.
Anthem Rush Know your place in life is where you want to be Don't let them tell you that you owe it all to me Keep on looking forward, no use in looking 'round Hold your head above the crowd and they won't bring you down Anthem of the heart and anthem of the mind A funeral dirge for eyes gone blind We marvel after those who sought The wonders of the world, wonders of the world Wonders of the world they wrought Live for yourself There's no one else more worth living for Begging hands and bleeding hearts Will only cry out for more Anthem of the heart and anthem of the mind A funeral dirge for eyes gone blind We marvel after those who sought The wonders of the world, wonders of the world Wonders of the world they wrought Well, I know they've always told you Selfishness was wrong Yet it was for me, not you I came to write this song Anthem of the heart and anthem of the mind A funeral dirge for eyes gone blind We marvel after those who sought The wonders of the world, wonders of the world Wonders of the world they wrought, wrought, wrought Hino Saiba que seu lugar na vida é onde você quer estar Não os deixe falar que você deve tudo pra mim Continue olhando pra frente, não há porque olhar em volta Mantenha a sua cabeça longe do chão que eles não vão conseguir te derrubar Hino do coração e hino da mente Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais Nós admiramos aqueles que procuraram Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo, Maravilhas no mundo que eles forjaram Viva para você mesmo Não há mais ninguém por quem valha mais viver Mãos esmoleiras e corações sangrentos Irão apenas gritar por mais Hino do coração e hino da mente Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais Nós admiramos aqueles que procuraram Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo, Maravilhas no mundo que eles forjaram Bem, eu sei que sempre te disseram Que era errado o egoísmo No entanto, era para mim, não você Que eu escrevi esta canção Hino do coração e hino da mente Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais Nós admiramos aqueles que procuraram Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo, Maravilhas no mundo que eles forjaram. -------------------------------------------------------------------------------
Troco Poesia Por Dinamite Barata Cichetto 224 Páginas, 111 Poemas Prefácio: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior Gatos & Alfaces Artesanato de Livros Arte da Capa: Barata Cichetto sobre radiografia de seu próprio crânio Contracapa: Nua Estrela Preço: R$ 40,00 + 10,00 Frete (Brasil) Pedidos: (11) 9 6358-9727
Poesia em Preto e Branco Barata Cichetto (Inspirado por uma entrevista de Ciro Pessoa) (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Minha poesia não tem cor, nenhuma imagem frutacor Arco-íris nem pensar, flores de plástico, jardim incolor Produzida originalmente em preto e branco minha arte Nuvem negra, chuva branca e putas incolores de Marte.
Em preto e branco é minha imagem refletida no espelho Branco e preto minha bandeira, morte ao pano vermelho Sem cor é minha paixão, só uma descolorida impressão E coqueiros na praia balançam aos ventos da depressão.
Não há cor em mim, não há cor em minha amada buceta Amo minha "mulher ampulheta", minha mulher a punheta E se ao riscar a um fósforo, enxergo a chama descolorida Penso que apenas no fogo existe a cor, realidade dolorida.
Acendo um cigarro e olho a fumaça branca desaparecer Não é apenas a poesia a não ter cor, não posso esquecer Sou eu mesmo ser tão sem cor que não deixo entrar a luz E nos tempos coloridos, o preto e branco é o que me reluz.
Psychotic Eyes (Olhos Vermelhos) Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Olhos, olhos... Procuro pelos meus olhos no espelho E os encontro sem brilho, encharcados de vermelho Aos meus olhos encontro, mas nunca em meu rosto E parece que até o olhar têm medo do meu desgosto.
Olhos, olhos... E dentro de meu olhar busco a mim Mas apenas a ausência encontro a buscar tal fim E até meus olhos, que fogem do meu olhar insano Sabem que dentro de mim existe algo desumano.
Ah, meus olhos! Onde anda seu antigo resplendor Exibindo o brilho das flores em todo seu esplendor? Agora os enxergo opacos, solitários e embaçados O olhar dos loucos, dos poetas e dos desgraçados.
Ah, olhos meus... Tremo perante os olhares do terror Mas ao olhar em meus olhos encontro apenas horror E entendo que são somente eles que me enxergam Apenas meus olhos psicóticos que a mim renegam.
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 05 - 18/05/2015 Brasil: Uma Colônia Penal para Exilados Amyr Cantusio Jr.
O Brasil se tornou uma sub-cultura atrofiada, permeada por criminosos, arte medíocre feita por marginais, pornografia, falta de educação e analfabetismo em massa.
Panelas de corruptos em todos setores, onde só entra quem participa do jabá nojento. Aqui nesta terra de bandidos, você não pode expressar o que pensa, porque você sempre é o ERRADO, a ovelha negra. Toda a mídia está de rabo amarrado com a política da degeneração, conformados e de cabeça baixa, só defendendo seu lado financeiro.
Há muito o idealismo desapareceu, e a revolução tão necessária não passa de um mito. Povo totalmente alienado, que mistura muito bem o marginalismo, com a subcultura sertaneja pop esdrúxula e religião de quinta categoria. Enquanto os ditos "crentes" estão orando neste mar de excremento de Igrejas dos Cem Nomes, seus filhos estão se prostituindo em bailes funk e tráfico de drogas.
O país está quase 100 % ANALFABETIZADO num projeto instalado por um governo sem vergonha, o qual representa bem o "povo do churrasco e das igrejas carnavalescas".
Neste estado, onde músicos como eu, que não podem e nem são permitidos espaços para tocar, mostrar a arte, vender ou demonstrar a própria música, só resta o Exílio.
De forma que quase é certo que ao menos para mim, não há mais horizontes dentro do Brasil, por falta total de interesse coletivo na minha arte.
Então, não toco mais. Já faz 2 anos que fiz meu último concerto de piano. O Alpha III vinha tocando uma vez ao ano, com muita pressão e contrariedades, e total falta de apoio de qualquer segmento. Inútil tentar fazer ARTE de nível numa Sub-Cultura que impera e insiste na corrupção e mediocridade.
Aos fãs restam meus CDs e LPs e esporádicos contatos. Infelizmente creio que estou terminando minha trajetória artística forçado pelas circunstâncias adversas.
Que fique aqui o meu registro biográfico da verdade sobre "o que é ser músico que preza por um nível no Brasil".
Grato.
Amyr Cantusio Jr., Maio 2015
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Edgar Winter & Ringo Starr And His All Starr Band - Frankenstein Hawkwind - Sonic Attack Peter, Paul & Mary - 500 Miles Alma Celta - Celtic Soul
Rata Blanca and Glenn Hughes - Stormbringer Melvins - Lizzy Kamboja - Contagem Final Leonard Cohen - Who by Fire
Sweet - Ballroom Blitz The Animals - Inside Looking Out (Live, 1966) The Kinks - Lola Patrulha do Espaço - Justiça e Rock'n'Roll
Amyr Cantusio Jr - Mil Novecentos e Noventa e Nove
Blues Riders - Nos Caminhos da Morte Babe Ruth - The Mexican (Live in Canada - 1974) Joy Division - Transmission Augusto de Campos (Rimbaud) - O Barco Bêbado
Mão Morta - Horas de Matar Lou Reed - Animal Serenade - 2004 (Outtake) Sweet Jane Rammstein - Te Quiero Puta Mário Bortolotto e Banda Saco de Ratos - Putaria
T.M. Stevens - Burn Steely Dan - Do It Again Tierra Santa - Sangre De Reyes Barata - Troco Poesia Por Dinheiro
Encerramento: Alpha III - Ajna
Troco Poesia Por Dinheiro Barata Cichetto Do Livro Troco Poesia Por Dinamite (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Não fosse por Baudelaire eu seria um poeta incomparável E não fosse por Rimbaud seria um mercenário inigualável Mas da forma que a Poesia deseja, sou poeta despejado Pobre e desconhecido, pelas amantes homem indesejado.
A Europa está morta e a África fede a defuntos insepultos E eu caminho na sujeira da periferia entre bichas e putos Mas da forma como a Poesia me deseja, sou amante total Maldito poeta, fodendo doentes com sua síndrome mortal.
Queria mesmo era foder e ter dinheiro, foda-se a hipocrisia Ter dentes inteiros, roupas decentes, mas tenho só a Poesia E que grande bosta nascer poeta, eu preferia ser natimorto Ou ter a sorte de ser apenas outro ato hediondo de aborto.
Quem sabe o que faria minha mãe se ao olhar àquele ser Soubesse que em lugar de médico seria poeta ao crescer Decerto num ato de vingança contra a natureza maldosa Me jogaria na latrina e iria dormir com a mente insidiosa.
Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 03 - 04/05/2015
Psychotic Eyes - The Hand of Fate The Psycheground Group - 01- Psycheground Christopher Lee - 02. Charles the Great Lunare Music - Ciberpajé - Lua Divinal - 03 Aforismo III
Honest John - Crazy Shoes Ethel The Frog - Eleanor Rigby (Beatles Cover) PJ Harvey - To Bring You My Love Barata - Eu Sou Egoísta (Raul Seixas)
Humble Pie - I Don't Need No Doctor Xutos e Pontapés - Sem Eira Nem Beira Billy Bond y La Pesada Del Rock And Roll - La Maldita Maquina de Matar Barata Cichetto - Troco Poesia Por Rock'n'Roll
Troco Poesia Por Rock'n'Roll Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
A nenhum poeta é permitido seguir os passos de Rimbaud, o cínico E passar alguma Temporada no Inferno, com o olhar de um clínico Quanto a mim trago o Inferno nas mãos e espalho sobre a Terra Santa E prefiro me lambuzar com o melado de putas a foder virgens na janta.
E a nenhum é permitido largar a poesia, tal Rimbaud, o mercenário Aos poetas é permitido ter dinheiro sem guardar a alma no armário E quanto a mim, me permito não ter luxos, médicos ou puteiros caros De forma a manter minha obra com sensos que atualmente são raros.
A ninguém é permitido ler Rimbaud nem Bukowski com olhos de vício O ópio e a bebida não constroem um poeta, que o é por seu sacrifício Mas quanto a mim, não desejo ser cordeiro, nem o mártir de esquina Apenas viciado em letras, em notas e nas pernas de uma doce cafetina.
E a nenhum, seja Dos Anjos, Verlaine ou Baudelaire, o poeta algo deve Pois Poesia é o Espírito Santo e a Sagrada Alma daquele que a escreve Quanto a mim, não acerto contas com outros criadores por ser deidade E se há deuses no Infinito são eles poetas cheios de egoísmo e vaidade.
01/02/2015
Eu Sou Egoísta Raul Seixas
Se você acha que tem pouca sorte Se lhe preocupa a doença ou a morte Se você sente receio do inferno Do fogo eterno De Deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço O que eu quero É o que eu penso e o que eu faço Onde eu estou não há bicho-papão Eu vou sempre avante no nada infinito Flamejando o meu rock, meu grito Minha espada é a guitarra na mão
Se o que você quer em sua vida paz é só paz Muitas doçuras, seu nome em cartaz E fica arretado se o açúcar demora E você chora, você reza Você pede, você implora
Enquanto eu Provo sempre o vinagre e o vinho Eu quero é ter tentação no caminho Pois o homem é o exercício que faz Eu sei que o mais puro gosto do mel É apenas defeito do fel E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno Bem pode ser o seu veneno Mas como vai você saber sem tentar?
Se você acha que eu digo fascista Mista, simplista ou anti-socialista Eu admito, você tá na pista Eu sou ego Eu sou ista Eu sou ego Eu sou ista Eu sou egoísta Eu sou egoísta Por que não? Por que não? Por que não? Por que não?
Deep Purple - (Shades Of Deep Purple) - Prelude - Happiness - I'm So Glad Paul McCartney - 10. Helen Wheels Allen Ginsberg & Paul McCartney - The Ballad Of The Skeletons Motorhead - Orgasmatron (Spoken Word)
Danzig - Godless Ruth Copeland - Play With Fire Discurso do Filme A Nascente (Gary Cooper, 1949) - Ayn Rand Rush - Anthem
Robin Trower - Live - Too Rolling Stoned Carro Bomba - Pragas Urbanas Natalie Merchant - Adventures Of Isabel (Poema Ogden Nash)
Encerramento: - Barata Cichetto - O Caminhoneiro e o Roqueiro - Homenagem a Percy Weiss
"Quando Percy Weiss nasceu, 'Voz', um dos deuses do Rock proclamou à humanidade: 'Aqui tens, humanos, a minha descendência, meu dileto filho. Será este que lhes entrego, Percy Weiss, aquele que lhes encantará e trará emoções com sua Voz. Será ele, a Voz do Rock.” (Trecho inicial do release escrito em 2007)
O Caminhoneiro e o Roqueiro (A Agostinho Santos e Percy Weiss, que partiram hoje)
Das mãos do caminhoneiro, da garganta do cantor, a arte E se a maior é a da existência, ambos fizeram a sua parte Cumpre-nos apenas seguir o féretro, perdidos na estrada E sobramos nessa sina de dor, em uma saudade apertada.
Dos fados e do blues, a voz e a vez de um par de artistas Que a morte agora carrega nas suas asas de aço egoístas E na estrada mortal, a caminho do lugar que nem existe A malvada espera o bom artista e o caminhoneiro triste.
E a voz ainda ruge e o trovão surge do fundo da garganta Poemas não nos bastam, há horas que poesia não adianta Se nunca calar é o lema, não chorar o tema nunca escrito Silêncio daqueles que em palavras não pode ser descrito.
A voz não sucumbe, voz não morre, é apenas delírio final E nunca bastamos, nunca estamos a frente da morte afinal Uma tristeza daquelas, de ateu poeta e maldito sem direção É a de quem perde um amigo e o sentido que dita o coração.
Barata Sem Eira Nem Beira 2015 Programa 01 - 20/04/2015
Alice Cooper 01- Abril -1974 - Brazil - Muscle Of Love Camisa de Vênus - A Ferro e Fogo (Ao Vivo) Grand Funk - On Time - Heartbreaker (1969) Morphine - Radar / The Only One - Barata Por Barata - Manifesto Underground
Muqueta na Oreia - Primogênito de Uma Meretriz Orion's Beethoven - Amistades Desparejas Rush - The Anarchist Truth And Janey - It´s All Above Us - Barata - Carro Bomba - Fui
Outro Destino - Apenas Uma História T-Rex - Children Of The Revolution Gil Scott-Heron - The Revolution Will Not Be Televised Raul Seixas - Novo Aeon - Barata - Aforismo Ciberpajé
E agora, que os subterrâneos não são mais de veludo Que não há mais a mulher tetuda e o homem peludo? E agora, que meu arco-íris está desbotado e imundo E não há mais buracos onde se esconder do mundo?
As minhocas olham para cima e não enxergam Pink Floyd Não gosto do Arnaldo Baptista, onde é que está meu Rock?
E agora, que não existem mais virgens, nem putas a parir? E se não há motivos para chorar, nenhuma razão para rir Nenhum porquê de viver, vários de morrer, sem esperança Pois é ela, a que se espera, apenas um sorriso de criança?
As minhocas morreram ao sol, Syd Barrett gordo e careca As águas que rolam carregam pedras, nada pode ser feito.
No Rock havia o sonho, independência e vida por instantes Alice Cooper não mora mais aqui, nesse país de mutantes E se não há mais veludo nem underground, sem camurça azul Meus sapatos estão guardados até que eu possa andar ao sul.
As pedras não rolam, não há mais glória no Rock, só história Ela de fato queria ser um anjo, e eu queria comer sua bunda.
Mas agora a poesia morreu e restam apenas poetas de chapéu Não há caixas de som em árvores, nem noivas cobertas de véu E não culpem ao dinheiro, pois é o poder aquilo que lhes domina Tanto que não é o demônio, mas o santo que ao anjo extermina.
Mas ainda há Gatos & Alfaces, like a rolling stone, oh baby blue It's all over now, e Bob Dylan comendo pastel na feira de quinta.
Mas agora, que estão empoeirados os meus discos de vinil Reclamo da falta de acordes sinceros e detesto Gilberto Gil Buarque o burguês tem inveja de pobre, Caetano é um tolo E eu nem sei se vomito ou se como outro pedaço desse bolo.
Golpe de Estado, um Carro Bomba e Patrulha ainda no Espaço Oswaldo conta histórias enquanto bebemos cerveja na Galeria.
Domingo de manhã, Lou Reed morto, eu sem eira nenhuma A poesia consola e o Rock ainda pulsa, sem duvida alguma E as minhas gatas dormem sobre minhas pernas doloridas Não sei se pinto as paredes de branco ou as deixo coloridas.
E o underground não é mais de veludo, mas de plástico bolha Embalado para presente, caros presentes sem futuro nenhum.
Há um tesouro no fundo do baú e o baú no fundo do poço E estou velho demais para tanta tristeza na hora do almoço Mas ao sul de Parador há um nobre a quem chamo ditador Sob o sol do norte morre um pobre sob as balas do atirador.
E sob a fúria de Titãs, um poeta não fingidor, mas um Pessoa Num grito rompe o rito e o mito do Rock jamais será o mesmo.
No submundo habita o underground e isso não deu no jornal E na farsa da força, à força deu um beijo e nela fez o sexo anal O aborto é crime a quem não dou perdão e nem desculpas E acima do direito ao corpo há o dever da vida e suas culpas.
Lennon disse para imaginarmos um mundo com menos posses Mas morava no Dakota e agora está no Céu com Diamantes.
Agora construo minha casa com pregos e martelo na madeira Esmago os dedos na escada e pinto com verniz outra cadeira Vinho barato antes do jantar e meu braço cansado de martelar E depois de tanto tempo tenho aquilo que posso chamar de lar.
Nos setenta eu tinha calças com boca de sino, anel de caveira E o gosto incrível pelas musicas que tocavam no rádio de pilha.
Um dia sonhei que comia a Patti Smith debaixo do palco escuro Era um tempo de solidão, de um desejo sujo, um tanto obscuro Mas eu a comia, e Iggy, a iguana verde e gosmenta se debatia E todos sabíam que era pelo demônio que ela tinha simpatia.
Um dia fui hippie e lendo histórias de Zéfiro eu batia punheta O perigo na esquina, e revistas suecas dentro das fotonovelas.
Nos subterrâneos haviam sonhos, pesadelo hoje é a intolerância E se no porão haviam os socos, a dor surge agora da arrogância Ando com medo por ruas perigosas tingidas de rubro e amarelo E agora não há dor que eu não sinta, pois meus ossos são farelo.
Hoje nada mais é proibido, tudo é divino, permitido e maravilhoso E se nada é proibido, me é permitido proibir aquilo que é perigoso.
Termino o meu manifesto underground cagando pelas pernas Provando que na poesia nem no Rock as mentiras são eternas E se há alguma verdade nisso tudo, está dentro da sua cabeça Pois se falo é porque qui-lo, algo para que de mim não esqueça.
Não há nenhuma chave na porta, mas dentro do seu estômago Vomite e a encontre, pois a porta é a sua única real esperança.
Mais uma esquina deixei pra trás Mais uma luz se apaga Não vejo sombras na calçada Mais um lugar ficou pra trás Eu não escuto nada Deus não me vê na madrugada
Down Down Down Down na estrada Down Down Down A cada milha andada
Nuvem negra me deixa em paz O corpo sente a calma Não cabe na ampulheta O deserto da minha alma Bolsos vazios e nada mais Diversas histórias Discos e acordes Guardados na memória
Down Down Down Down na estrada Down Down Down A cada milha andada