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22/09/2019

A Pornografia é Minha Política

A Pornografia é Minha Política
Barata Cichetto



Minha política é a poesia pornográfica filosófica, ou a pornografia filosófica poética, ou ainda a filosofia poética pornográfica. Escrevo como quem trepa, fodo como quem pensa, e penso como quem faz poesia. Não há ideologia, não há demagogia, não há hemorragia. Enquanto engrandeces a luta e o comunismo, eu enobreço a puta e o masoquismo; enquanto escolhes entre capital e trabalho, eu fico entre o porral e meu caralho; enquanto brigas por vitórias, eu guerreio por orgasmos; enquanto matas por poder, eu morro por tesão. E se escolhes entre ditadura e democracia, eu fico com a luxúria e o que vicia; se pregas o cristianismo, eu martelo o sadismo; se determinas o estoicismo, eu proclamo o sexismo. O meu império é a pornografia, minha república é a poesia e a filosofia meu Universo. Sou rei numa monarquia anarquista, presidente de uma república hedonista, e deus de um mundo sexista. E se queres cuspir sobre mim teu pensamento político, deixe que eu mostre meu pau em publico, que eu exiba o filme pornográfico que fiz ontem à noite trepando com alguma rainha, primeira dama ou deusa. Se desejas a liberdade da tua política também ensejo a minha. Silenciarei minha expressão política: guardarei meu pau dentro das calças, minha poesia na gaveta e meu pensamento no banheiro, desde que silencies a tua, calando teu impotente tesão totalitário, teu castrado discurso igualitário, e teu flácido pensamento partidário.

15/11/2018

Bacanal de Poesia

Bacanal de Poesia
Barata Cichetto

Nicolas Poussin - Bacanal

O autor diz que é poesia. E o leitor, o que diz? O leitor não diz, ele sente. Ressente, pressente.  O leitor chupa a poesia como a um pênis e engole o esperma depois do gozo. Se goza junto ou não é outro problema. O autor estimula o leitor, mexe nas suas zonas erógenas, desperta sua libido e seu pensamento lascivo. Masturba, perturba, bolina o leitor. O autor come o leitor, transa com ele numa relação sexualmente ativa, promíscua, sacana; às vezes incestuosa. Quase um estupro, consentido, em determinadas situações. O faz gozar. Jorrar, ter um squirt. Ejaculação. Ou não. Num fetiche violento, o autor xinga o leitor, ofende, venda seus olhos, amarra suas pernas com cordas e os pulsos com algemas. E depois o penetra violentamente. O autor faz o leitor acreditar em suas promessas de casamento e de prazer. E por vezes mente sobre elas. O autor engravida o leitor. Filhos bastardos. O autor é um tarado. Leitor não tem que ter razão. Tem que ter tesão.


25/08/2015

Lumpesinato

Lumpesinato 
Luiz Carlos Cichetto


O termo Lumpen Proletariat, que pode ser traduzido como lumpesinato foi criado por Karl Marx e Friedrich Engels em 1845, e designa o queeles chamam de "subproletariado": "a população situada socialmente abaixo do proletariado, do ponto de vista das condições de vida e de trabalho, formada por frações miseráveis, não organizadas do proletariado, não apenas destituídas de recursos econômicos, mas também desprovidas de consciência política e de classe, sendo, portanto, suscetíveis de servir aos interesses da burguesia. Assim, segundo os teóricos da revolução, o lumpemproletariado seria pernicioso, já que seu cinismo e sua absoluta ausência de valores poderiam contaminar a consciência revolucionária do proletariado."

Interessante notar, quando olhamos com olhos mais sinceros e ouvidos não contaminados, que é justamente essa parcela da população que serve aos interesses da "esquerda". São essas pessoas que, por medo, ignorância ou interesse próprio alimentam a causa deles. São usados como bucha de canhão por uma burguesia socialista-comunista que miram em seus próprios interesses apenas. Assim, comunidades pobres são usadas como escudo humano, protegendo traficantes e alimentando a catarse popular. Jogar a população contra a polícia, protegendo assim o crime, é apenas a ponta visível de um iceberg. 

Temos sim, que nos indignar contra qualquer espécie de abuso, temos sim que lamentar mortes, mas que sejam todas. Há mártires, sim, mas de todos os lados. Eleger como herói um bandido morto e nem tomar conhecimento de um um policial torturado e morto não me parece uma atitude humana, mas é esse o jogo deles. Aliaram-se a bandidos, pois que são bandidos. E bandidos não tem moral, não tem ética, não tem humanidade.

22/09/2019

18/09/2019

Barata, o Filme, Em 3D: Desaforado, Desbocado, Desagradável

Barata, o Filme, Em 3D: Desaforado, Desbocado, Desagradável
Barata Cichetto




A minha poesia não agrada aos poetas modernos,
Fêmeas ou machos que usam botas, saias e ternos.

O que pensam ser, oh, nobres colegas de profissão,
Que fazem poesia como pedido, defesa e confissão?
Acaso adulterando as formas e subtraindo a estética,
Pensam mesmo estarem fazendo revolução poética?

Minha poesia não é bem quista nem por poetistas,
Poetas de barro mole que pensam que são artistas.

O que pensam ser quando crescerem, oh, raquíticas,
Agindo como se poemas fossem desculpas políticas?
Decerto acreditam que a pobre poesia é arte coletiva,
E fazem dela bandeira para sua indignação seletiva?

A minha poesia não é bem amada pelas desamadas,
Falsas vadias de falsos falos e vaginas desanimadas.

E o que gostariam de ter em troca de sua felicidade,
Além das farsas perenes da própria excentricidade?
E o que temem em mim, além de abalar sua crença,
Que poesia é enfermidade sem nunca ser a doença?

Minha nunca pobre poesia é mal vista pelos machos,
Que das efemérides comunistas são meros capachos.

E do que gostariam que eu falasse nos meus versos,
Antes que eu transforme em pedaços seus universos?
E por fim, ainda pergunto sem esperar pela resposta,
Que espécie de poeta engole apenas o que não gosta?

15/09/2019

16/09/2019

Eu Quero Ser Tua Calcinha

Eu Quero Ser Tua Calcinha ®
(Um Poema Com Opção Sexual, Mas Sem Orientação)
Barata Cichetto
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que combina com o sutiã de alcinha,
Com alça de silicone e estampa de oncinha.
Eu quero ser tua calcinha...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que esconde teus defeitos e sugere teus feitos,
Que traça curvas, e desenha retas e círculos perfeitos.
Eu quero ser tua calcinha, Amanda, Bernarda... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que troca quando sai e que tira quando retrai,
Que coloca quando entra e que despe quando te atrai.
Eu quero ser tua calcinha, Cássia, Darlene...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela incolor a cobrir-te a peluda ou a raspada,
E ser o que espera: o escudo, a lança ou a espada.
Eu quero ser tua calcinha, Elisabete, Fabiana...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que gruda na tua bunda, penetra tuas pregas,
Que enrosca nos teus pelos e que absorve tuas regras.
Eu quero ser tua calcinha, Giovana, Heloísa...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que te aperta quanto senta, te seca quando venta,
Incomoda quando incerta, e se acomoda quando inventa.
Eu quero ser tua calcinha, Ivonete, Janete... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela tão justa quanto pecado e honesta quanto um soldado,
Que te prende feito um guerreiro e te solta feito um delegado.
Eu quero ser tua calcinha, Kelly, Luísa... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que se molha de suor e outros líquidos deliciosos,
E que te seca se assim for, toalha dos teus peidos pastosos.
Eu quero ser tua calcinha, Marisa, Naiara...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela com laços de rendas portuguesas ou sedas chinesas,
Com desenhos de flores, varias cores e estampas burguesas.
Eu quero ser tua calcinha, Odete, Patrícia... 
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que envolve o teu quadril, e que aperta a tua cintura,
Que ajeita tua bunda e se afunda nas curvas da tua escultura.
Eu quero ser tua calcinha, Quitéria, Rosangela...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que te dá conforto e desperta desejos e vaidades,
E que na gaveta de calcinhas aguarda por tuas vontades.
Eu quero ser tua calcinha, Solange, Talita...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela sua segunda pele, tão quente, mas tão artificial,
E tão sintética quanto natural, sempre a pele superficial.
Eu quero ser tua calcinha, Úrsula, Valentina...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela tão íntima quanto amiga que não se rasga,
E tão cruel quanto o vinho com o qual se engasga.
Eu quero ser tua calcinha, Wilma, Xênia...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela que esconde a tua pureza e expõe tua safadeza,
Na ditadura cruel que põe na mesa o sentido de beleza.
Eu quero ser tua calcinha, Yasmin, Zulmira...
Eu quero ser tua calcinha,
Aquela de algodão cru entrando no teu cu e na tua buceta,
E ser-te tão importante quanto o preço em minha etiqueta.
Eu quero ser tua calcinha...

16/09/2019

13/09/2019

Selvageria - Uma Escultura

Selvageria - Uma Escultura
Luiz Carlos Cichetto








Há cerca de duas semanas, precisava atravessar a linha de carga da Rumo, mas como o trem tinha parado, tomei a decisão de contornar pelo fim da composição. O local é bem deserto, e ao andar sobre as pedras onde se assentam os dormentes, deparei com alguns ossos, e ao lado deles um crânio, que me parecia ser de cachorro. Apanhei, e notei que o mesmo deveria estar ali há anos, pois estava completamente limpo e seco. Decidi apanhar e levar para casa.
No dia seguinte com a ideia de procurar um pedaço de madeira, cerca de cinquenta metros do local onde encontrara a tal caveira. Logo de cara, um galho, parcialmente queimado, com uma forma que prontamente identifiquei, como um elefante, com a cabeça erguida e a tromba levantada, como se tivesse gritando de dor. Na hora a associação com as duas peças se fez, e a escultura se materializou na minha cabeça. O tronco, além de queimado tinha sinais que teria sido antes serviço de lar e alimento para alguma comunidade de cupins, o que aumentava mais ainda o conceito de vida e morte.
Trabalhei nos últimos dias preparando o tronco, aplicado óleo queimado para eliminar ainda possíveis cupins e removendo partes soltas de cascas. O crânio foi colocado de molho em uma solução para higienizar. A cada gesto, a cada atitude, minha cabeça viajava sobre as histórias de todas as vidas que tinham um dia habitado aquelas peças e que hoje não mais existiam. Aquele cão, qual seria sua história? Do que teria morrido? Há quanto tempo? Ele poderia ter sido de alguém, que pode ter ficado triste com seu desaparecimento. Um caudal enorme de vidas entrelaçadas, alegrias e dores, todas ali, naquele crânio de cão. 
E o pedaço de madeira? A qual árvore teria feito parte, antes de servir de moradia de cupins vorazes, ter sido cortado e depois queimado? Quanta vida tinha existido naqueles pedaços de coisas mortas que agora eu tinha em minhas mãos? Uma enorme sequencia, decerto. Alguém matou o cão, alguém cortou e incendiou o galho, mesmo que sem qualquer intenção de matar. A selvageria natural.
Preparei tudo com muito respeito a essas vidas, e com o espírito de quem prepara um monumento. O resultado é uma obra de arte? Não sei, não entendo de arte, e nunca tinha feito nenhuma escultura. O máximo que cheguei foi há três anos, incentivado por minha "madrinha" Nua Estrela, pintar algumas coisas.
Por fim, penso agora que isso é alguma espécie de convergência, que me fez unir essas peças, como se estivessem me esperando para juntá-las, e senti uma espécie de conforto filosófico e poético ao concluir. Essas vidas tão dissociadas, ou nem tanto, agora estão interligadas e me soam como um tributo à selvageria natural, parte de toda vida.

13/09/2019

Preposto

Preposto
Barata Cichetto



Quem dera eu pudesse o ser o meu oposto,
E assim poder atender ao jeito do teu gosto,
Mas declaro para teu desespero e desgosto:
Serei sempre o oposto do que tenha suposto.

Ah, como eu queria, ser um homem com posto
Composto de qualidades que lhe fariam gosto,
E ser das tuas costas tortas e flácidas o encosto,
Mas prefiro ser eu e de mim mesmo o preposto.

13/09/2019